ASSEMBLEIA PÚBLICA: RETOMAR A CIDADE!

Estamos a passar por um momento decisivo das nossas vidas e da vida da nossa cidade.

Enquanto queremos começar a nossas vidas independente, apercebemo-nos que vai ser muito duro ou mesmo impossível viver nesta cidade, onde o preço do aluguer de um quarto ou de um apartamento é muito mais alto do que salários que estamos a ganhar ou achamos que vamos ganhar.

Porque são as rendas tão altas, se os salários são tão baixos?

I. A casa, que é uma necessidade humana fundamental, é subordinada às leis do mercado. O governo ‘socialista’ de Costa e os governos anteriores tomaram políticas económicas direcionadas a favorecer a especulação: a liberalização selvagem do mercado imobiliário, os apoios fiscais aos fundos imobiliários, a falta de regulamentação dos alojamentos locais, a instituição de “vistos gold”. Isto porque o turismo e a especulação imobiliária são os principais motores da triste economia neoliberal portuguesa!

II. Há poucas casas disponíveis e para alugar uma casa temos de competir com quem não tem um salário português. O Governo passou anos a vender a marca “Lisboa” e facilitou a vinda de quem tivesse um salário muito alto e quisesse viver em Lisboa durante alguns anos: é o esquema dos “residentes não habituais”, dos reformados europeus que não pagam impostos se trabalharam fora de Portugal, é o novo esquema dos “nómadas digitais”. Por isso, nós estudantes e jovens trabalhadoras/es (sejamos portuguesas/es ou imigradas/os) temos de competir com quem tem um salário ou disponibilidade financeira muito superior à nossa!

III. Não há casas públicas! As casas públicas constituem meramente 2% do parque habitacional. Só em Lisboa há mais de 48.000 casas vazias, pelo menos 2.000 de propriedade municipal , mas nem a Câmara nem o Governo têm um plano sério para podermos habitar estas casas: Os recursos disponibilizados pelo governo são ridículos, há um respeito sagrado pela propriedade privada mesmo quando esta é devoluta e a existência de casas vazias potencia a bolha especulativa.

IV. A tudo isto juntam-se políticas que culpam e punem a pobreza e os que querem viver fora das leis do mercado: os moradores que ocupam casas públicas e privadas abandonadas há décadas são expulsos em nome da legalidade e da segurança.

O estado da cidade e o seu futuro. Lisboa é cada vez mais um ‘recreio’ ao ar livre para turistas, trabalhadores da classe executiva e nómadas digitais, sem espaços para nós, as nossas atividades e associações. Se continuar assim, vamos ter de escolher entre emigrar ou ficar, aceitando trabalhar sempre mais, cada vez com menos direitos, lutando entre nós, cada vez com menos tempos e espaço para aproveitar do nosso tempo!

Qual é a solução? Sabemos o que não é a solução, a solução não é o desespero, não é a competição, não é criminalizar os mais fracos, não é o discriminar com base no país de origem, etnia, género ou identidade sexual!

A solução é uma construção coletiva, que temos de encontrar juntas! Por isso estás convidada/o a uma assembleia aberta para sábado 19 de Novembro às 17:00 na Sirigaita com o objetivo de abrir um espaço autónomo (apartidário, antifascista, anti-racista, feminista e inclusivo) de debate e ação política.

É necessário organizarmo-nos para resistir e criar uma cidade onde é possível e doce viver.

Evento de Facebook

STOP DESPEJOS


// 20h – há jantar.
// a partir das 20h há musica para dançar com The Incomplete Committee
// a entrada na Sirigaita é reservada a pessoas associadas – podes-te associar à porta (3*/ano)

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Des-informativo del 26 de agosto de 2023

Este programa número 250 del des-informativo de Radio Alegría Libertaria, radio libre online, ha sido preparado y montado en Aracena (Huelva). Más información sobre este programa: https://alegrialibertaria.org/wp/el-des-informativo-de-esta-semana/ Telegram: t.me/alegrialibertaria Estas son las noticias que hemos seleccionado para esta semana: [SEVILLA] Un descuido judicial deja penalmente impune la muerte de un trabajador que asfaltaba una carretera a 41ºC - @javierramajo en @SevillaDiarioes [PORTUGAL] Campamento en defensa de Barroso - PT Revolucion TV y Rádio Paralelo [MUNDO GLOBAL] Las guerras del agua no son virtuales - Silvia Ribeiro en @LQSomos [REGIÓN ARGENTINA] Segmento de noticias desde Villa Escolar (Formosa) - Ariel Cóceres para @librealegria - El después de las elecciones: "Vamos a luchar y con más unidad entre los sectores populares" - @ArandaDario en @Tierra_Viva_ - Fruticultura y monocultivo forestal, la histórica trashumancia y los brotes agroecológicos - Sol Arrieta en @Tierra_Viva_ - Rafael Nahuel, a seis años del crimen. No hubo justicia - @indyargentina [MUNDO] Alimentar las luchas - #Briega [BILBAO, EUSKAL HERRIA] VII Mundialito Mixto Anti-racista, 2 de septiembre - @Antifaxismoa [TOLEDO] Concentración contra la cumbre de ministros y ministras de Defensa y Asuntos Exteriores, 30 de agosto #noalasguerras - @MdN_Madrid @DesarmaMadrid @ecologistas @Antimilitarist2 @cgtzonasur CRÉDITOS Sintonía: El periódico - Topo Música interbloques del des-informativo: Aguaviva Podéis saber más sobre este grupo muy peculiar que aúna lo artístico, lo social y lo político de forma creativa, y escuchar su música, en La Alegre Corchea Libertaria: https://alegrialibertaria.org/wp/aguaviva-una-construccion-colectiva-reposicion/ Programa bajo licencia CC-by-sa-nc a excepción de la música. Uso educativo. FUENTES PARA PROFUNDIZAR: https://www.eldiario.es/sevilla/descuido-judicial-deja-penalmente-impune-muerte-trabajador-asfaltaba-carretera-sevilla-41oc_1_10205173.html https://archive.org/details/arruada-acampamento-barroso-2023 https://youtu.be/rBwDo2Pk_ts https://loquesomos.org/las-guerras-del-agua-no-son-virtuales/ https://agenciatierraviva.com.ar/el-despues-de-las-elecciones-vamos-a-luchar-y-con-mas-unidad-entre-los-sectores-populares/ https://agenciatierraviva.com.ar/fruticultura-y-monocultivo-forestal-la-historica-trashumancia-y-los-brotes-agroecologicos/ https://argentina.indymedia.org/2023/08/20/rafael-nahuel-a-seis-anos-del-crimen-aun-no-hubo-justicia/ https://www.briega.org/es/opinion/alimentar-luchas https://sareantifaxista.blogspot.com/2023/08/vii-mundialito-mixto-anti-racista-de.html https://twitter.com/cgtzonasur/status/1693519862960693641

Vamos salvar os Sobreiros. Manifestação em Lisboa, contra o abate de mais de 1800 sobreiros, para instalação de parque eólico da EDP 3 #PTrevolutionTV #AltPt #IndyMedia

Vamos salvar os Sobreiros.
Manifestação em Lisboa, contra o abate de mais de 1800 sobreiros, para instalação de parque eólico da EDP
3
#PTrevolutionTV #AltPt #IndyMedia
https://www.facebook.com/791563079636958/videos/972545720491162

Vamos salvar os Sobreiros. Manifestação em Lisboa, contra o abate de mais de 1800 sobreiros, para instalação de parque eólico da EDP 2 #PTrevolutionTV #AltPt #IndyMedia

Vamos salvar os Sobreiros.
Manifestação em Lisboa, contra o abate de mais de 1800 sobreiros, para instalação de parque eólico da EDP
2
#PTrevolutionTV #AltPt #IndyMedia
https://www.facebook.com/791563079636958/videos/890295562658109

Vamos salvar os Sobreiros. Manifestação em Lisboa, contra o abate de mais de 1800 sobreiros, para instalação de parque eólico da EDP #PTrevolutionTV #AltPt #IndyMedia

Vamos salvar os Sobreiros.
Manifestação em Lisboa, contra o abate de mais de 1800 sobreiros, para instalação de parque eólico da EDP
#PTrevolutionTV #AltPt #IndyMedia
https://www.facebook.com/791563079636958/videos/806925267793977

Protesto Pela Floresta do Futuro

Cidades e vilas em protesto a 3 de Setembro contra eucaliptos e celuloses nos incêndios e na desertificação

Na tarde do próximo domingo, dia 3 de Setembro, cidadãs e cidadãos de várias cidades do país convocam um protesto contra os incêndios florestais em Portugal, incidindo no impacto da monocultura do eucalipto e a indústria da celulose em Portugal, que estão a acelerar os efeitos das alterações climáticas, favorecendo o fogo e a seca. Os protestos ocorrerão em Lisboa, Porto, Coimbra, Odemira, Vila Nova de Poiares, e Sertã.

No manifesto convocatório do protesto, assinado por mais de 40 pessoas de todo o país, são apontados os ciclos cada vez mais curtos de incêndios catastróficos no país e a responsabilidade da indústria das celuloses – em particular as empresas The Navigator Company e Altri Florestal – e dos sucessivos governos neste facto. Ao longo de décadas, as decisões tomadas pela indústria e pelos governantes tornaram Portugal o país com a maior área de eucaliptal relativa de todo o mundo. O resultado foi a transformação do nosso num território abandonado, onde predomina uma espécie invasora e altamente combustível, o eucalipto. Outras espécies também se expandiram neste contexto, favorecendo ainda mais os incêndios e a desertificação, como as acácias e as háckeas.

Acabamos de viver os meses de Junho e Julho mais quentes algumas vez registados em milhares de anos. Nesse contexto, em dezenas de países incêndios brutais têm destruído territórios e comunidades, matado centenas de pessoas e levado a deslocações forçadas de cidades inteiras. Em Portugal, esse cenário não está a acontecer por um factor principal: o clima deste verão está a ser relativamente ameno em relação ao resto da Europa e do Mediterrâneo. Este facto não é controlável, é aleatório. Quando as temperaturas sobem, o nosso país arde. E arde mais do que todos os países que lhe são comparáveis – Espanha, Itália, Grécia, Marrocos.

Ficar à espera de um clima clemente no meio da crise climática é simplesmente irracional e é por isso que esta mobilização coloca em cima da mesa medidas concretas e efetivas que travem o processo de desertificação, despovoamento e perda de biodiversidade acelerados provocados pelas monoculturas, em particular o eucaliptal. É urgente o cadastro florestal total do território nacional. O território abandonado – que pode chegar aos 20% de toda a área do país – deve ser assumido pelo Estado, como acontece com qualquer bem ou área abandonada. É necessário deseucaliptizar o país, retirar eucaliptos dos quase 700 mil hectares de área de eucaliptal abandonado e sem gestão e transformar essas áreas em floresta e bosque resiliente que aguente o futuro mais quente e mais seco que a crise climática está a produzir. Para isso, é urgente criar novas estruturas governativas muito além dos organismos que permitiram que chegássemos à atual situação.

O protesto em Lisboa “partirá do Largo da Estefânia às 19h do dia, passando pelo Instituto de Conservação da Natureza e terminando na sede da The Navigator Company, na Avenida Fontes Pereira de Melo”, segundo das porta-vozes Beatriz Xavier e Mónica Casqueira. Segundo outro porta-voz, Em Odemira, local de recentes incêndios nas áreas de eucaliptais da The Navigator Company, o protesto decorrerá com uma marcha desde o bar “O Cais” até à Câmara Municipal. No Porto será frente à feira do Livro no Palácio de Cristal e em Coimbra frente à sede do ICNF na Mata Nacional do Choupal (Casa Azul).